Edsom Gabriel Garcia de certeza não estava num de seus bons
dias
quando começou a elaborar as ideias dos contos que têm nesse livro.
Há medida que eu ia lendo pensava, mesmo, em parar I-ME-DI-A-TAMEN-TE.
Contudo, não foi tão fácil assim. A minha querida professora de português (que
é um amor) passou este livro para a oficina literária,*desta unidade,
então tive que obrigatoriamente lê-lo e relê-lo. Não foi nada fácil con-
cluir a leitura desta obra. Mesmo sendo ínfima e tendo uma fácil leitura,
foi uma tortura para meu cérebro. Desculpas, Edsom Gabriel, mas
PRA MIM NÃO DEU!
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O livro é dividido em sete contos, todos eles obviamente de terror.
Algumas histórias descritas por eles é um pouco conhecida e
com certeza você já ouviu por aí. Edsom Gabriel Garcia inspirou-se em Edgar Allan
Poe, juntando com historinhas que o povo de seu tempo contava.
O que resultou num misto de “lendas urbanas do Programa do Gugu”,
com “sei lá o que, mas que tornou o livro bem zzZZZ!”. Sem mais
divagações, VAMOS AOS CONTOS!
O primeiro : A Mais Bela Noite de Margarida, a história de Pedro
Sobreira, um vendedor ambulante, que num baile encontrou uma belís-
sima moça que o conquistou. Ela era branca, cabelos pretos e cortados
à moda antiga, vestia-se como as pessoas de antigamente e usava sapa-
tos de salto grosso. Apesar desses detalhes, Pedro havia se apaixonado
por ela naquela mesma noite. Contudo, depois de descobrir seu segredo
(que pra mim foi suuuper previsível desde o primeiro parágrafo do con-
to, então nem espere tanto) ele completamente mudou o seu conceito
diante da louca paixão que adquiriu por Margarida.

Comentário pessoal: Esse conto se resume em uma única frase:
Ai senhor, me salva!
O segundo: O Casal de Velhos Manezinho, um homem muito cora-
joso, enfrentava uma forte tempestade. Ele estava numa estrada deserta
com só árvores raquíticas e um extenso breu ao redor de si.
Repentinamente avistou uma casa branca largada no meio do
caminho e foi pedir guarida. Encontrou lá um simpático casal
de velhos. Que traziam no seu modo de falar e ser uma peculiaridade
que havia chamado a atenção de Manezinho. Porém, não só isso lhe chamou
atenção. A casa do simpático casal de velhos não era exatamente o lugar
tranquilo e acolhedor que ele pensava ser. E tinha mais coisas em comum
com o casal do que pensava.
Comentário pessoal: Esse foi um dos contos que eu menos desgostei.
Afinal, não me agradei suficientemente de nenhum para dizer que
gostei. Porém, tive um mini medo na cena em que Manezinho
percebera que não dormira exatamente num casa. Por fim, o clímax
é incrivelmente previsível, desde o momento em que Manezinho põe
a bunda na cadeira da sala dos velhinhos.
O terceiro: O Anel da Falecida Tonico Ramos, Gabriel Neme
e Nica, a convivência desses três era sustentada por um acordo e dois
segredos. O de Tonico, o jardineiro e faz-tudo da casa, era que ele
sempre havia alimentado uma paixão por Nica, a filha de Gabriel Neme.
Nica tinha uma séria doença não identificada pelos médicos, uma paralisia
que em suas crises a deixava por três a dez minutos paralisada, parecendo
literalmente MORTA. Esse era o segredo de Gabriel Neme, o qual
escondia de Tonico e do resto da cidade pelo desejo de que um dia
sua filha casasse na igreja com um bom noivo. Mas a dúvida de que
alguém não a quisesse por conta de seu mal, lhe fazia tornar isto um
segredo. O acordo era de que Tonico tomaria posse de todos os bens
valiosos de Nica quando a mesma morresse. Diante esse acordo, ele
sempre demonstrava muita rejeição, transparecendo sempre
honestidade e um bom caráter. Porém, quando Nica supostamente
morreu, Tonico se viu diante a tristeza da morte de uma amada e a
cobiça de apoderar os seus valiosos bens. E foi aí, com essa sensação
de amor e cobiça que tomou uma atitude que não o denomina só como
ambicioso, mas cruel.

Comentário pessoal: Esse foi o que eu mais gostei. Bom, por que eu
não sei. Uma vez que seu enredo não é tããão instigante ou atraente.
Na verdade é bem resumido. Mas eu simpatizei com ele, só isso. <3
O quarto: O Jardim de Inverno do Barão Barão Van München, um
homem a-bso-lu-ta-men-te misterioso. Chegou na cidade de Monte
Negro despertando nos moradores uma imensa curiosidade. Todos
se perguntavam o por que de um barão vir morar na estranha mansão
do alto do Morro Pelado. Depois de viver um tempo na pequena cidade,
ele só havia tido um amigo, além de Enrico, seu assistente pessoal.
E esse tal era o Armindo Lorena, o qual tinha um passado que surpre-
endentemente se alinhava a uma dolorosa recordação do Barão. Diante
desse fato é construído um enredo que predomina o suspense e acaba
num desfecho vingativo. Mas, qual será o motivo que o Barão teria
para se vingar de Armindo Lorena?
Comentário pessoal: Esse de fato, foi o único conto que se salvou
do livro. Ele tem cabeça, tronco e membros. O enredo não chega
a ser tããão instigante, mas é legal. E realmente é surpreendente.
O quinto: Uma Aposta de Muito Medo Juca Bagaceira,
um homem forte, baixo, negro e com cabelos pretos
encaracolados. Todas as suas características provavam
de fato, um título que ele havia recebido de uma entrevista
que circulara num jornal: O único homem do mundo que não
tinha medo de nada. Gato preto, morto, enforcado e pendurado
na torre da igreja, velas brancas, pretas e vermelhas em forma
de cruz. Esses e outros estranhos comportamentos fizeram a
admiração que tinham os habitantes da cidade por Juca
passarem para medo dele. Um intrigante homem também
chamado Juca e com a aparência não muito diferente do
primeiro, chega e faz três apostas para Juca Bagaceira.
Garantindo como recompensa toda a fortuna que ele quisesse.
Juca Bagaceira aceitou sem pestanejar, para ele era só mais
um como todas as outras. E como ele pensava, de início foi
bem tranquilo cumprir as duas primeiras apostas que tinha
sido desafiado. Mas ao fim da terceira, Juca não mais era o
mesmo. Ai, para economizar palavras descreverei este conto
num emoticom do WhatsApp:
(uma carinha olhando para cima demonstrando tédio).
O sexto: Os Dentes de Madalena Esse, de longe, foi o
PIOR CONTO QUE JÁ LI NA MINHA VIDA! SEM.OR!
Edrualdo, para reiniciar sua vida, muda-se para Nova Esperança,
uma pequena cidade, onde monta seu bazar intitulado com o
nome da cidade. Conhecido como “O Rei das Novidades”
por conter tudo o que os clientes precisavam. E foi nele,
que Edrualdo conheceu Madalena. Aparentemente uma feia
mulher, com traços que a davam como acabada e com
rugas que compunham um rosto bem feio. Porém o seu s
orriso, Ah o seu sorriso... Esse balançou Edrualdo.
Ele ficou tão apaixonado pelo sorriso dela que... Leia o conto.
O sétimo: A Última História Suzete, uma escritora que não
vivia um de seus melhores momentos. Ela escrevia contos de
suspense e mistério, as vezes de terror. As editoras ultimamente
não estavam encorajadas de publicar nenhum dos que ela tinha
enviado. Mediante essa vida calamitosa que tinha, sobravalhe
o escape de voltar para casa dos pais, todavia para ela isso seria
se entregar ao fracasso. Francis, um leitor assíduo de seus contos,
começou a lhe enviar cartas, a elogiando por sua escrita e sempre
lhe dava ideias para novos contos. Suas ideias vira e mexe
continham histórias cuja espantalhos eram sempre o protagonista
ou o vilão. Depois de um tempo de correspondência, Suzete marca
um encontro com Francis para conhece-lo pessoalmente. Após esse,
sucedem-se vários outros, os quais permitem que Suzete perceba que
ele não é bem como pensava.
Comentários pessoal: Apesar de ter realmente não gostado desse livro,
pelo fato também de já ter “ficado meio assim“ com o resto do livro,
eu gostei bastante do jogo que o autor fez com o título
“A Última História” que tem a ver com uma fato descrito
ao decorrer do enredo da história.
Mesmo depois de todos os meus argumentos o desencorajando a ler este
livro, se quiser, vá em frente, pode ser legal para você.(O que eu duvido muito)
Afinal, não necessariamente pensamos igual. Edsom Gabriel Garcia, meu
amigo, não foi desta vez! Quem sabe numa próxima?
*OFICINA LITERÁRIA: É algo do tipo: a professora passa um livro,
daí você ler e apresenta meio que um seminário sobre ele.
Mas não vale anotações na hora e nem uma pauta, é tudo
de acordo com o que ela interrogar.
um tempo off-line, mas agora voltarei com
frequência e cheio de novidades. Fiquem ligados! <3
7 Comentario
Hahaha eu tinha 10 anos quando li esse livro pela primeira vez. Uma,duas, diversas vezes. A forma como foi escrita deixou minha mente preencher a informação que faltava. Foi o primeiro livro que li com prazer. Sua crítica destaca várias vezes que o autor não consegue surpreender, mas na idade que eu tinha na época eu não tive muitas experiências e conhecimento sobre histórias de terror.
BalasBem, você deveria considerar público alvo pra qual o livro foi escrito. Pra mim, por exemplo, que sempre fui fã do gênero, foi o meu livro favorito e até hoje eu guardo boas memórias dele. Logicamente quando o reli, um pouco mais velha, não teve tanta graca. Mas na minha opinião, pro público infanto-juvenil, esse livro é excelente.
BalasO nosso primeiro livre sempre nos marca. E sim, eu me equivoquei na forma de criticar a obra. Por ser destinado à um público infanto-juvenil, é até bom que a história tenha um toque inocente.
BalasObrigado, Carolina! Na época em que escrevi essa crítica, eu não a tinha feito considerando o público alvo. Me concentrei demais na experiência que tive ao ler a história que acabei esquecendo, que pela minha idade e conhecimento o livro se apresentou como bobo ou "amador". Considerando o público alvo, minha crítica se torna equivocada. E também sou um fanzasso da literatura infanto-juvenil.
BalasKkkkk. Vê como são as coisas. Li esse livro no início da adolescência e ainda hoje, com 40 anos, continuo com medo dele.
BalasEu gostei da estória do Juca e queria sabe como faço pra encontrar o livro para pode comprar?
BalasÓtimo livro! Pena que não gostou. Clássico da literatura infanto juvenil.
Balas